
A Fotógrafa
Quem sou euÉ tão difícil falar da gente né?!
Aqui não é diferente... eu poderia falar tantas coisas, tantos momentos, tantas passagens da minha vida, poderia falar por todos os caminhos que percorri nesses anos de vida, porquê cada experiência que vivi me fazem enxergar o mundo de maneira diferente.
Se eu for contar da minha vida profissional, vou dizer que sou Contadora por formação, mas nunca gostei, me embrenhei na área de RH logo cedo, que era onde havia maior identificação comigo, sempre gostei de lidar com pessoas, aí nessa me especializei, fiz vários cursos, pós, MBA, sabe... toda essa parafernália necessária no mundo corporativo, mas de verdade, nada me preenchia e nem me completava de verdade, sempre ficou um pedaço faltando.
Mas é tão complicado achar o diferente quando o seu mundo é quadradinho né!
Foi quando a Alice apareceu na minha vida, minha filha, minha razão de viver, que eu realmente sai da caixinha e comecei a pensar diferente, pensei em tudo o que estava vivendo, em como eu me fantasiava para trabalhar (em todos os sentidos) e o quanto eu queria sair daquela realidade (sim, eu gostava muito de tudo o que fazia, mas faltava). Foi aí que uma luzinha se acendeu... um dia, pensando em alternativas, procurando perspectivas novas, eu olhei pra câmera... uma Canon T3 que eu tinha comprado para tirar fotos de algumas roupas e que em pouco tempo eu tava lá, fuçando e aprendendo como aquela máquina funcionava e comecei a clicar... e aí não parei mais. A instituição bancária se foi e um novo começo se abriu!
Se eu for falar das minhas transformações, eu posso falar do meu avô e a falta de seu dedo mindinho, eu posso falar de como foi me descobrir amando um homem, posso falar em como me descobrir sendo filha, posso falar das minhas viagens, posso falar das comidas que experimentei e posso falar da maior transformação de todas, que foi ser mãe. Mãe da Alice e do Emmanuel!
Há... eu poderia falar também do meu amor por animais, em como sempre quis minha casa cheia de bichos e que eu acho que tô chegando lá... Vamos ver... tem a Flor, uma gatinha que me encontrou na rua, o Luke e o Petter, dois cachorrinhos lindos que fui buscar, 5 calopsitas (Paçoca, Goiaba, Amora, Framboesa e Nuvem) e 1 agapornis (Tangerina). E poderia falar tb do sonho de criança em ter um gato persa (esse ainda será alcançado). Posso falar tb das minhas estrelinhas lá no céu... a Jully e o Tobby, meus eternos cachorrinhos do coração.
Posso falar das minhas tristezas, a perda de entes queridos, e perda de um bebê, a perda de dinheiro, a perda de confiança e das traições, mas de verdade, prefiro falar das alegrias, dos sorrisos, do amor que tenho por todos os lados.
Posso falar, também, do meu caminho na fotografia dentro de parto, o quanto eu ficava feliz em ver mulheres parindo e em como parar com essa fotografia foi um caminho natural e suave. Posso falar também da minha vontade em ver amor através das minhas lentes.
Posso falar da alegria imensa em ser aceita em algumas associações de fotógrafos que só selecionam 10% do total de inscritos e o quanto isso é recompensador.
Há... sei lá... passaria linhas e linhas falando aqui... mas acho que assim você aí que está lendo, talvez perdesse o interesse em mim... então vem conversar... me chama pra um xícara de café.. vou amar!